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Foto do escritorAlessandra Girotto

Olá, sou sua criança interior.

E aí, tudo bem? Preparados pra olhar pra sua criança? Aquela parte sua, pequena e vulnerável? Há quanto tempo não olha pra ela? - aliás, já olhou alguma vez?


O que passamos em nossa primeira infância (o que inclui a gravidez) é determinante pra vários padrões posteriores na nossa vida. É nessa fase que aprendemos como devemos nos comportar, o que garante a boa reação paterna e o que causa a má reação. Já aprendemos como o amor chega (se chega) e o que precisamos fazer para mantê-lo - ou, já aprendemos a não esperar mais amor, se foi esse nosso caso.


Independente de como foi nossa infância, todas nós passamos por algum tipo de carência emocional, por crises, medos, insegurança, rejeição, situações onde nos sentimos abandonadas, entre outras várias coisas. Enquanto adultas, as situações que enfrentamos e que passamos nos fazem reviver boa parte dessas feridas que ainda não foram vistas, sentidas, organizadas e cicatrizadas. O fato de carregarmos essas dores infantis faz com que nossas reações muitas vezes sejam muito maiores do que seria o esperado (o que nos assusta e assusta o outro). Porém, o sofrimento maior vem justamente porque não queremos sentir a dor que gerou a ferida. Quando criança a protegemos de alguma maneira e, quando adultas, reagimos para que a ferida não seja cutucada. Dentro nossa reação é como se fossemos morrer, tamanho a dor e a crise. Parece absurdo e impossível de lidar… Mas não é. Porém, pra lidar primeiro preciso me aproximar novamente da minha criança. Ganhar a confiança dessa nossa parte. Ouvir o que ela tem pra nos contar, acolher e dai, aos poucos, passamos a permitir sentir o que nossa criança sentia para, então, passar a cicatrizar. É um passo que demora um tempo - um tempo que precisa existir e ser respeitado.


Portanto, pra hoje eu quero apenas que vocês se conectem de alguma forma com sua criança. Pode ser resgatando uma foto de quando você era bem nova, pode ser fazendo um desenho dela, pode ser fazendo um carta, ou até mesmo com uma boneca ou almofada. Não importa o que você use, desde que sirva para te ajudar a olhar pra você, pra essa sua parte infantil e dependente, carente e pequena. Observe o que você sente ao dar esse passo de proximidade e, se já conseguir, diga a ela que você sente muito por não ter consigo olhar pra ela antes, que você não sabia disso (se for o caso), mas que a partir de agora você fará o possível para conhecê-la melhor e se conectar mais vezes com ela. Porém, você ainda está apenas aprendendo o processo e portanto pode ser que demore um pouco até compreendê-la bem - mas que você quer.

 

𝑨𝒍𝒆𝒔𝒔𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐 – Sou Psicanalista, Life Coach e também trabalho com várias terapias Complementares. Atualmente participo do Programa Pathwork® de Transformação Pessoal e da formação nas Novas Constelações Familiares.

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