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Foto do escritorAlessandra Girotto

Prometo solenemente nunca mais cair nesse buraco de novo (#sqn)

Atualizado: 15 de fev. de 2020

Por medo de sentir nossa dor, nossa frustração e na esperança de não sofrermos de novo a gente promete, com todas as nossas forças e boas intenções, que “nunca mais faremos “ _isso_ ” de novo”. Dizemos que “a partir de agora vou mudar”, “a partir de agora serei boa, independente, controlada... A partir de agora “não vou me importar com o que os outros pensam…” - e por aí vai… não é? Enfim, quem nunca se fez promessas do gênero que atire a primeira pedra… O problema é que com promessas como essa empurramos ainda mais pra baixo do tapete nossa criança ferida, nossas mágoas, nosso lado destrutivo, nossa sombra. Passamos a ignorar com muito mais força a totalidade de quem eu sou e reforçamos nossa "máscara". Uma das consequências disso é um sentimento de culpa e uma sensação de sermos uma “fraude” (alguém aí já se percebeu se sentindo uma fraude? Eu já - e já vi outras tantas…). Outras consequências (mais indiretas) são os relacionamento superficiais, imaturos e destrutivos - onde, na nossa percepção, nossos defeitos não tem espaço, não podem existir. Onde não sustento a mágoa, a frustração e até mesmo rejeição. Onde faço de tudo e mais um pouco para consertar, para fazer dar certo. Onde piso em ovos para não errar novamente e deixar o outro irritado, para deixar o outro livre, para ser útil, para que o outro goste e sinta atração por mim - e outras tantas coisas que fazemos compulsivamente para garantir que a relação continue, que eu não fique sozinha e não sinta essa culpa que me persegue… Porém, a verdadeira origem da culpa é a negação de mim mesmo. Ela vem do fato que 𝐞𝐮 𝐦𝐞 𝐫𝐞𝐣𝐞𝐢𝐭𝐨. E, ao me rejeitar, planto e colho rejeição do lado de fora. Isso porque no fundo acredito que o outro ama apenas a minha máscara, o que projeto, e não a mim. Isso cria a sensação que interpretamos como “a pessoa com que me relaciono não me ama”, e uma das consequencias é a necessidade compulsiva de que “preciso me esforçar mais”. Outra é: “não ligo mesmo”. E outra pode ser: “vou terminar antes que ele/ela termine comigo” (só pra citar alguns exemplos). Você consegue perceber a voz da sua auto-exigência? Como ela aparece? Quais são as coisas e as formas com que você se cobra? ⠀ ⠀ Eu sou MUITO crítica e quando comecei a ver parecia que nunca daria conta dessa lado. Hoje vejo que era outra ilusão. É verdade que tenho bastante auto-exigência (e que ainda caio nela), mas já vejo que sou eu que a crio - e que escolho atuar ou não através dela. Soltar ainda está em processo, mas só de ver e reconhecer já liberou um mundo de coisas. O convite hoje é olhar e questionar onde isso atravessa seus relacionamentos. 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜ê 𝐞𝐱𝐢𝐠𝐞 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐜ê?

 

🦋 𝑨𝒍𝒆𝒔𝒔𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐 – Sou Psicanalista, Life Coach e também trabalho com várias terapias Complementares. Atualmente participo do Programa Pathwork® de Transformação Pessoal e da formação nas Novas Constelações Familiares.

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