"Como assim, VOCÊ, falar sobre autoestima?"
Essa é uma pergunta que andou me rondando entre final do ano passado e começo desse ano, quando decidi lançar o desafio de janeiro. Desde então esse tema tem ficado um pouco mais forte a cada dia e durante essas últimas semanas caiu uma super ficha (sim, ela fez sentido aos poucos). Confesso que quando lancei ainda não me achava "boa o suficiente" para falar sobre isso, pois não gosto de tirar fotos e nem de fazer vídeos, não sou do tipo que se maquia ou cuida muito da aparência, sem contar que, obviamente, várias vezes me percebo sem gostar muito de mim. Mas a ficha que caiu é que justamente por isso eu posso e DEVO falar. Por não me encaixar no padrão e mesmo assim viver (bem) fora dele. Mas vamos por partes...
Percebi que minha insegurança vinha em grande parte por não gostar de tirar fotos e por achar que DEVERIA lidar bem com isso para ser alguém confiante e com boa autoestima. E aqui estava o primeiro erro. Eu não "deveria" nada. Sempre que tentamos nos encaixar no padrão do outro estou sem olhar pra mim, pra quem eu sou e pro que eu tenho. Não é porque lidar bem com fotos e vídeos é um sintoma de que está bem consigo mesmo que é uma regra geral ou a única forma disso aparecer. Percebi que nunca tive o hábito de tirar fotos, nem minha família - e muito menos de fazer vídeos. Assim como também nunca tive o hábito de me olhar muito no espelho (em casa, seja quando criança e mesmo agora enquanto adulta, não tinha muitos espelhos. Logo, não foi um hábito cultivado e nem mesmo uma necessidade aprendida). Sempre questionei o peso que as pessoas dão pra aparência - para serem aceitas, amadas ou consideradas boas/más, responsáveis/irresponsáveis, descentes ou não). Nunca gostei disso, e isso demonstra muito de quem eu sou, do que é importante pra mim e do que valorizo. Somado a isso vem a ideia absurda (mas que ronda nossa cabeça mesmo assim) de que deveria me achar bonita e confiante sempre e de qualquer jeito para poder falar sobre esse tema. Obviamente isso não é verdade. Obviamente eu, e todas as pessoas na face da terra, temos questões sobre nós mesmos, questionamos, duvidamos e isso é justamente o que também nos possibilita crescer. Eu sei disso e sempre que me percebo pensando coisas como essa são ganchos para eu ver o que está acontecendo, aprender mais sobre mim e me desenvolver mais. Percebi que isso é uma coisa importantíssima que tenho pra oferecer, que está sim disponível, que posso falar com propriedade e segurança. E que isso significa que eu me amo, que quero crescer e dar de mim. E que posso. Não é porque odeio (e praticamente não uso) secador de cabelo, que não gosto de fazer unha ou tirar sobrancelha, porque nunca pintei o cabelo (e pretendo não pintar), que evito usar maquiagem e coisas do gênero que não me acho bonita e boa o suficiente, que não me acho mulher, feminina ou atraente. Que deixei te ter namorados e companheiros, amigos e clientes. De crescer na vida em VÁRIOS e importantes sentidos.
Eu fiz e tive isso e muito mais, sendo quem eu sou, como sou. Sem mais ou menos. E isso eu posso afirmar, posso contar e posso ajudar. Espero poder compartilhar mais de mim com vocês, cada vez mais. E espero que isso ajude. Quem vem comigo?!
𝑨𝒍𝒆𝒔𝒔𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐 – Sou Psicanalista, Life Coach e também trabalho com várias terapias Complementares. Atualmente participo do Programa Pathwork® de Transformação Pessoal e da formação nas Novas Constelações Familiares.
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