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Foto do escritorAlessandra Girotto

Como lidar com a dor que sinto?

Como lidar com a dor que sinto? Essa é uma questão que me ronda e que já me rondou inúmeras vezes. Aliás, essa provavelmente é uma das grandes questão da humanidade: como lidar com (a dor) que sinto quando ela parece enorme e diante da qual pareço tão impotente? É possível?? 


Sim, é possível - porém, como tudo na vida não há fórmula pronta. 


Primeiro é preciso 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒓 entrar em contato com ela e, caso perceba que não está lá muito a fim, é preciso 𝐚𝐝𝐦𝐢𝐭𝐢𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐧ã𝐨 𝐪𝐮𝐞𝐫. 

Pode parecer besta ou um detalhe, mas faz toda diferença. Esse simples ato de admitir o não quando ele existe já traz o poder de volta pra você e, mesmo que não libere espaço na hora, abre um movimento que deve levar para isso.

Além disso também devo perceber se há medo ou alguma outra emoção vinculada a isso. Como reajo (dentro) ao pensar que quero dar esse passo de cuidar de mim e lidar com a dor que sinto? Enquanto houver medo de entrar em contato com esse sentimento terá resistência e defesa. Isso não significa que precisa tirar toda sua defesa para conseguir lidar com a dor, mas é importantíssimo saber que ela existe e que quem criou ela foi você - portanto, você pode tirar, quando quiser e quanto quiser. 

Dentro desse processo outro passo essencial é ver e cuidar da minha criança interna. Quando algo parece grande demais e eu me sinto impotente significa que não estou identificada com meu adulto e sim com minha criança (nós, enquanto criança, precisamos do outro para resolver nossas questões e nos cuidar. Enquanto adulto sou eu quem cuido de mim e sei que posso, que é possível). 

Cuidar dessa nossa parte e de nós é pra vida toda. Como você cuida de você? O que gostava de fazer quando era criança? Tem se permitido ser espontânea, alegre, brincar? 


Cuidar da nossa criança não é só olhar para a ferida e nos abraçar, acolher. É também permitir a expressão alegre, criativa e espontânea dessa parte. É dar um BOM lugar para ela.


É um processo que se dá devagar, porém saber do processo te dá uma "meta" e ajuda muito a ficar no caminho. O único ponto é que precisamos ver essa meta como uma bússola que mostra o caminho e apenas isso. Ela não me obrigar a andar.


Assim, aos poucos, vamos aprendendo a sustentar sentir o que sinto - inclusive a dor presente - sem reagir ou fugir, só sentir.


Sabendo que ela passa, eu sustento sentir, e isso por si só já é uma libertação.

 

Alessandra Girotto – Sou Psicanalista, Coach, MoonMother, Ativadora de TendaVermelha e Terapeuta Holística. Focalizo Dança Circular e Círculo de Mulheres desde 2015. Atualmente participo do Programa “Pathwork® de Transformação Pessoal” e da formação nas “Novas Constelações Familiares"

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