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Você é do tipo que pergunta?

Antes de ser psicanalista eu senti um pouco o gosto da filosofia durante minha gradução em Ciências Sociais. Lembro até hoje do primeiro dia de aula de uma das matérias obrigatórias na UNICAMP. Ela era vinculada ao departamento de filosofia e, caso vocês não saibam, havia meio que uma guerra velada entre os 3 departamentos do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humana).


Na época parecia impossível passar o semestre inteiro diante de "poucas" páginas de leitura e isso ser considerado difícil. Até aquele fatídico dia... Ficamos a primeira aula inteira discutindo apenas 1 parágrafo do texto. Eram tantas questões que o professor trazia que minha cabeça até parecia tonta.


Como era possível questionar tanta coisa?


Depois disso, em outro momento da minha vida, encontrei um livro do Rubem Alves onde ele falava sobre a importância da pergunta não só pra filosofia, mas também pra psicanálise e pra nós enquanto pessoas. Nunca mais esqueci (da ideia, pois não lembro mais em qual livro dele eu li isso...)


Posso dizer que a resposta fecha enquanto a pergunta abre, amplia. Se eu partir do princípio que as questões que enfrento no geral são causadas por conclusões que cheguei, quando pergunto eu já começo a desmanchar o padrão e a conclusão.


"É verdade que precisa mesmo ser assim?"


A partir do momento que questiono algo posso ver outros pontos de vista que não via antes por já ter fechado a questão.


Pense nisso - e não corra pra solução. Respire na pergunta e deixe ela ter um tempo dentro de você.

Abs!


 

🦋 𝑨𝒍𝒆𝒔𝒔𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 𝑮𝒊𝒓𝒐𝒕𝒕𝒐 – Sou mãe, psicanalista, consteladora e facilitadora do Pathwork®


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