Já parou para pensar o que é poder? Para você, é possível manifestar poder com liberdade, amor, sabedoria e alegria? São coisas que podem andar juntas ou são excludentes? Como? Quais as imagens que você tem com relação a cada uma destas palavras, no mais profundo de você?
Conscientemente, sei que amor é poder, na sua forma mais rica e plena. Que sem amor não existe poder real. Que é algo inesgotável, abundante e fluído. Que conecta, cria vínculos reais e profundos. Mas, dentro, ainda guardo a imagem de que quem ama é bonzinho e não tem voz ou vez. Que pra demonstrar meu amor preciso ser útil e submissa – e ainda assim posso ser enganada, traída, humilhada. Nessa imagem, amor está muito distante de poder, de liberdade, de sabedoria e até de alegria. Tem dor e sofrimento, traição – e fim. Acaba. Dentro dessa imagem de amor não há vontade de me entregar ao outro. Há medo, desconfiança, rigidez. Há separação e desarmonia. Manipulação. Mentira. E poder distorcido – sim, porque quando manipulo, minto ou me identifico com minha vítima, controlo todos que estão envolvidos na questão. Esse é um lado que normalmente não queremos ver, sequer admitir. Mas na minha vítima e nesse lugar de submissão HÁ poder e prazer distorcido – e abrir mão disso exige força de vontade, coragem para auto-confrontação e paciência – muita paciência.
Para darmos as mãos ao amor e amar, preciso abrir mão do controle, do medo de amar e de me entregar, de ser e estar vulnerável. Para amar, preciso aceitar me abrir e confiar. Na vida, no outro, em mim. Principalmente em mim – e no poder que reside deste lugar. Consegue formar uma imagem de poder nesse lugar? Consegue criar referências saudáveis para você? Caso não tenha, busque,investigue. Sonhe – é possível. Vale a pena.
Photo by Seth Macey on Unsplash
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